domingo, 30 de agosto de 2009

Post deprê...

Ontem eu estava no ônibus, indo para a Bienal. Estava bem distraída, na verdade, olhando pela janela - adoro divagar no busão. De repente minha atenção foi chamada por um prédio - enorme, lindo, redondo (adoro prédios redondos!), e caríssimo. Era demais! E, a medida que o ônibus foi avançando, eu percebi que estava entrando em uma região de Curitiba que é para poucos - quer dizer, proporcionalmente poucos, porque tinha muitos apês lindos por ali. E então meu pensamento foi passear por estes terrenos...
O mais engraçado é que, apesar de eu ficar divagando, eu fico prestando atenção nas paisagens, e a gente tinha acabado de passar por um bairro meio que, digamos assim, menos favorecido - e, então, o choque.
E isso me dixou numa deprê total... É, não é lá tão difícil me deixar deprimida, mas enfim. E eu acabei indo pensar nas pessoas...

É estranho, quando dizem que existem 6,6 bilhões de pessoas na Terra, o número impressiona, mas nem tanto quanto deveria... Talvez se colocar ele em números fica melhor: 6600000000 seres humanos.

Uma vez eu li uma matéria, postagem, sei lá o quê; um texto em que o autor falava que uma das coisas que ele gostava de fazer quando estava passeando pelo metrô era observar as pessoas e imaginar quem era aquele ser ali do lado: qual seu nome? onde morava? o que fazia da vida? quais eram seus sonhos, suas frustações? será que ele amava alguém? será que era feliz?...
Na época (eu tinha uns 13,14 anos) eu comecei a tentar imaginar isso também, porque me pareceu muito poético - e foi aí que eu descobri, também, que cada um tem a sua própria poesia, porque eu não consigo fazer isso... Eu sempre penso neste ato de fazer, mas não consigo fazer... Talvez porque eu ache que a maioria das pessoas que andam por aí parecem tão tristes, e eu não gosto de histórias tristes se elas são reais...

Mas ontem eu comecei a pensar mais ou menos nisto... Não exatamente na história de cada um, mas nos sonhos...

Ah! Eu tenho tantos sonhos... tantos planos... e eu sei que muitos, senão a maioria deles, serão em vão... MAS eu sou do tipo de pessoa que não fica triste por mim, mas sim pelos outros... eu fico vendo tanta gente que merecia tanto ser feliz, que merecia tanto conseguir realizar planos, que luta tanto... e que, no entanto, nunca chega lá. E isso é tão triste...

Acho que, se um dia fosse escrito a história de toda a humanidade, seria o romance mais triste que já existiu. Imagine, uma história com trilhões de personagens e todos com finais infelizes?

(na verdade, este post é só para desabafar a minha deprê...)

sábado, 29 de agosto de 2009

Emprestando as palavras de Mario Prata


Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não... Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação.

Esse negócio de amor, não sei explicar.

Mario Prata

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Uma canção de aniversário.


Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade
Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você
Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não sinto, não os tenho
Mais um ano sem você
As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém

Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade

Envelheço na Cidade
Ira
Composição: Edgard Scandurra

http://www.youtube.com/watch?v=Nm8CdzMDH-s

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hmmm....


Assistindo "Os delírios de consumo de Becky Bloom".

...

Penso que talvez (só talvez) eu me pareça um pouquinho (só um pouquinho) com ela (às vezes).

...

Bem que o terapêuta alertou: a cirurgia bariátrica costuma causar efeitos colaterais: compulsão por álcool, por sexo, por compras... ai, ai. Dos males o menor - imagine uma bêbada transando por aí com todo mundo???

...

(Como é que eu faço pra ter um cartão de crédito com limite de U$16.000????)

sábado, 1 de agosto de 2009

Conversa de irmãos

9 horas da manhã de um sábado. Matheus chegou há cerca de 3 horas para me visitar. Estamos no jornal. Eu, trabalhando (ou não!), ele, jogando alguma coisa no outro computador. E conversando.
- ...eu e o Paulo vamos, de vez em quando, jogar sinuca. Na verdade, não é bem um lugar de jogar sinuca. Mas é um bar que tem um monte de mesas de sinuca e o povo vai lá pra jogar sinuca, sabe?!
- Ah... achei que o pessoal usava as mesas como motel...
(Olhar fulminante-matador na minha direção.)
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