sábado, 26 de dezembro de 2009

Mar Grande, 25 de dezembro, 2009 - 03:00h

Filhota, eu queria muito estar com você agora e abrir os braços num abraço gostoso de 'feliz ano novo'.
Queria lhe dar um beijo, um monte de beijos entre abraços infindáveis.
Queria poder ver seu sorriso de 24 anos (é, chegou...).
Queria poder passar este dia especial com você.
Infelizmente, né? Nem tudo o que a gente quer a gente pode - mas por mais que se saiba disso, sempre se quer algo que não pode...
Coisas que eu queria e não posso:
- impedir que as pessoas a magoem.
- impedir que você descubra na pele que crescer dói.
- às vezes (só às vezes) impedir que você crescesse também.
- fazer com que "saudade" fosse só uma palavra no dicionário.
- colocar na meia do papai noel um carro novo (com carteira de motorista pronta) ou um pacote de viagem ao redor do mundo com uma SHUMP câmera fotográfica pra você sair pelo mundo sendo feliz.
- poder sentar toda tarde na rede, frente ao mar, tomando tererê com água de coco e falando da vida. Ou não falando nada. Com você.
...
A lista poderia continuar - minha imaginação pode ser fértil, por vezes. Mas uma lista maior não ia falar mais do meu amor do que esta aí. E de tudo o que você possa ter certeza na vida, filha, saiba: o meu amor está incluso. Incondicionalmente. *
Você sabe, não sabe?
Que eu a amo. Que peço a Deus por você em todas as nossas conversas. Que torço por sucesso, e sua felicidade. E que desejei você, (Ana) Paula, desde que tinha nove anos de idade. E que eu a amo. E amo. E amo.
Feliz ano novo, filha querida.
Curta muito o seu passeio.
Todo o amor,
mamãe.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Só porque eu queria que o senhor soubesse...

Eu já aprendi a falar do senhor e da sua partida sem chorar, vozinho. Com muito custo, confesso. Mas é inevitável ver algumas coisas e, principalmente, ouvir algumas coisas, sem lembrar do senhor. E hoje, quando vi o post da Mayinha, foi impossível me controlar, vô.
Ainda mais nessa época... É tão bom lembrar, seu Ney, das nossas brigas, das nossas brincadeiras, do senhor implicando com meu cabelo, gritando pela número 1 ou sair cantarolando 'Caiarolina' pela casa.
Por outro lado, é tão triste pensar que já vão se fazer dois anos e a sua ausência toma proporções cada vez maiores em mim. Eu odiava, vô, o cheiro que o senhor tinha de café com cigarro, e hoje gosto tanto quando sinto um pouquinho desse cheiro em alguém.
Me irritavam, por vezes, as histórias que o senhor inventava, e hoje me pego as contando. Sem perceber, também estou volta e meia cantando músicas que o senhor ouvia sem fim.
Vejo tanto do senhor no meu espelho. Em uma das minhas unhas, que tem o mesmo defeito que a do senhor tinha. Nos meus cabelos, que esbranquiçam mais rápido que nunca. Na vontade, seu Ney, de confortar todo mundo que se gosta.
Eu queria, vô, poder ver o senhor mais uma vez, ao menos. Queria poder dizer o quanto incomoda a falta que o senhor faz. Queria que soubesse que eu sempre me orgulhei do homem que o senhor foi, com todos os defeitos e limitações. E que eu tenho a certeza - ou quero ter - de que vamos nos encontrar um dia. E que o senhor só se foi antes para ajeitar tudo e ter a certeza de que vamos ficar bem quando chegarmos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lucemary . e Paulinha ;) decoraram a Árvore de Natal (BuddyPoke)

Pelo menos assim meu Natal não vai passar em branco... Valeu, mãe!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Colo de mãe - ao avesso.

O melhor do colo de mãe, sabe o que é?
É que, às vezes, sua filha te oferece esse colo. O aconchego, a paz, a certeza de ser amada, o abraço gostoso, o papo que flui sem se notar, o silêncio que se torna cúmplice nessa relação.
Não importa a distância, não importa que nem sempre ambas curtam as mesmas coisas, concordem em seus pontos de vista, estejam em perfeita harmonia: o amor torna tudo irrelevante - mesmo que existam brigas por vezes. E o colo sintetiza isto: nada como colo de mãe. Mesmo quando a mãe tem 21 anos e a filha, o dobro.
Tantas vezes, filhota, seu colo me acolheu...
...
Concordo. Saudade não deveria existir.
...
Discordo. Se não existisse, não saberíamos o tamanho da falta que uma faz à outra. E não haveria a possibilidade da alegria inebriante quando nos encontramos de novo.
...
Eu queria, sim, que meu colo pudesse estar mais perto mais tempo. Porque mais que seu colo quando preciso, amo quando você vem pro meu, minha menina de cachinhos dourados e coração imenso e sorriso franco e peito aberto e tão dona da verdade... amo você. E agora tenho dois aparelhos de celular.
...
P.S. Amei o texto do seu blog. MUITO.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Colo de mãe

Hoje eu queria minha mãe aqui perto. Pra me dar colo, pra gente comer nescau ball e assistir novela juntas. Pra gente brigar, talvez. Pra ela chegar insuportavelmente estressada depois de um dia puxado (hoje é dia 10, começo de mês e o banco lota) e ficar super feliz porque eu fiz aquele bolo que ela gosta, comprei a skol gelada e a coca pra arrematar.
Hoje eu queria que a saudade não existisse. Nem a distância.
ps. Celular serve pra ser usado, dona Lucemary.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...