segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Não, eu tenho certeza!




Uma vez, muito tempo atrás, recebi de uma amiga (leonina como eu) um e-mail falando como eram as orações dos signos (e ela disse que leão era a minha cara!). Não me lembro do texto 'ipsis literis', mas a idéia geral era: "nós dois sabemos que sou seu filho preferido. Obrigada, Papai do Céu, por me amar tanto e me dar tudo de bom, me fazendo tão feliz. Sei que mereço tudo o que você me dá!"

Referência clara ao que sempre respondia quando as pessoas me diziam: "voce se acha, não é?"


Tenho um time perfeito e completo. 'Prestenção': a beleza física é inquestionável, e não sou eu quem diz. A beleza interior, aquela que realmente importa, só é visível a quem convive com eles - e desde sempre ouço: "nossa, Lu, como seus filhos são educados! Nossa, Lu, como seus filhos são gentis! Nossa, Lu, como seus filhos são tudo de bom!". Era até chato comparecer às reuniões de pais e mestres: enquanto havia um monte de pais com filhos problemáticos, que não gostavam de estudar, que brigavam em sala de aula, que não faziam tarefa, para os meus (salvo raríssimas excessões, que um dia coloco no Cotidiano em Cena) sempre havia apenas e muitos elogios. Claro, eu ficava me achando. Mais ainda. Repassando: bonitos, inteligentes, sensíveis, com senso de humor (às vezes refinado demais até - não é mesmo?), saudáveis, com princípios éticos e morais... e chega, senão fico muito tempo falando só disso e não termino o post.


Pois é, como eu dizia, tenho uma equipe e tanto a me acompanhar. Desde pequenos, divirto-me com meus filhos e se estamos juntos não é preciso outra companhia para estar bem. Claro que família e amigos sempre somam: o que quero dizer aqui é que, se estamos em algum lugar que não esteja bom, mesmo assim está bom, entende??? (rssss... lembrando Lady Kate, bombombom não tá, mas... ). Lembro que íamos para as festas na AABB sempre com um baralhinho na bolsa: se ficava chato, sacávamos o baralho, fechávamos nossa mesa de truco e daqui a pouco estava todo mundo em volta, querendo fazer revezamento de duplas e envolvidos na brincadeira. Isso acontecia sempre: ou tirávamos da manga o 'imagem e ação', ou não tínhamos vergonha de cantar no karokê, ou jogávamos stop, ou simplesmente ficávamos conversando a toa, sonhando acordados e dando risada dos limões da vida.


E sempre gostei muito de fazer projetos com eles. Quando Matheus era pequenininho, escrevemos uma história que virou um livro não publicado. Deitávamo-nos na calçada, à noite, acompanhados do Sansão e ficávamos olhando o céu, identificando estrelas e conversando. Numa dessas ocasiões surgiu 'O anjo da asa quebrada'. Escrevemos a história e Adriano, um colega do trabalho, ilustrou. Ficou lindo! Por muito tempo, devido às mudanças e à minha (des)organização pensei que tivesse perdido os originais, até que no meu aniversário deste ano ganhei de presente a notícia de que não, não perdi. Estão com Vera, em Foz.

Então... quando Paula estava na faculdade de jornalismo, sempre pensamos em criar algo na área: um jornal, uma revista, um programa de rádio. Mas sempre ficou no projeto, nunca passou da fase de "nós podíamos...".


E agora existe o 'pipocaecocacola'. A idéia surgiu não me lembro como. E desde o princípio eu pensava em dividir com Paula, Maya e Matheus - algo tipo 'mãe e crias', 'mãe e filhos', 'produção em família', ... Paula por motivos óbvios, constava desde o princípio: comunicadora, como eu, gosta muito de escrever e o faz muito bem. Maya, embora nunca tenha pensado em 'humanas'como profissão, ama ler e escrever (basta lembrar da primeira série, quando seu texto foi escolhido entre todos os da escola para ser reproduzido e estudado pelos alunos) - e para minha felicidade, o faz muito bem também. Matheus? Aí é que a coisa complica. Não, ele escreve bem, sim. Quando quer - o que é muitomuitomuito raro. Então, pipocaecocacola é isso.


Na verdade achei meio 'assimassim' este texto. Queria algo grandeloquente, à altura do post de inauguração de minha jornalista preferida, mas são oito horas da manhã, e acordei inspirada, mas sem tempo de editar e reorganizar as idéias e as palavras. E como hoje é meu dia de postar, achei melhor fazê-lo agora, pois não se sabe como vou estar ao fim do dia, numa segunda feira de greve.


E voltando ao começo, eu agradeço todos os dias sim, a Deus. Mais ou menos como na piadinha que recebi. E sem sombra de dúvida sei que sou uma filha privilegiada dEle, pois Ele me deu muito mais do que mereço (sem falsa modéstia, Maya).

3 comentários:

Paula de Assis Fernandes disse...

Ah, mãe, eu gostei muito do seu texto. E a vida inteira quis ter uma família que completasse o time de truco tambem
hehehe
E eu acho a nossa família tudo de bom... E por isso mesmo cheguei à conclusão que tem que ficar todo mundo perto... Longe é muito ruim!

Maya disse...

sabe que eu já tinha percebido isso... a gente realmente é foda! hehehe

Mariana Schecheli disse...

tiiiiaaa...
antes de ler seu texto, eu estava pensando em te deixar um recado no orkut comentando exatamente o quaaao bem vc educou os seus filhos, todos se tornaram pessoas raras de se encontrar hoje em dia..
parabens pela força e perseverancia!
E o seu texto de inauguraçao ficou muitoo bom...
E siim.. vc nao so pode como deve se achar...
parabens

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